Histórico

   
   
 
   
      Ao adentrarmos nas primeiras décadas do Século XXI, uma certeza agrega a todos aqueles que efetivamente se ocupam com a Educação de Jovens e Adultos: a formação dos educadores desta modalidade ainda demanda sérios esforços e continuada atenção.
 
      O contexto contemporâneo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem nos apresentado problemáticas e desafios que precisam ser contemplados na formação específica daqueles que atuam na EJA. Com o advento das novas relações no mundo do trabalho, a educação voltada para jovens e adultos passou a ser focada como estratégia e elemento de requalificação profissional. De forma acelerada, tem ocupando um espaço cada vez mais importante no cenário mundial e sobremodo no contexto da educação brasileira. As especificidades relativas às questões de gênero, geracionais, étnico-raciais, da educação indígena, quilombola, inclusiva, no campo, no sistema prisional e nos movimentos sociais também precisam ser contempladas.
 
      Há necessidade de investir na formação inicial, continuada e na profissionalização de educadores que atuam neste segmento. Os desafios que se apresentam no cenário sócio político e econômico nos remetem a questões específicas da EJA relativas ao currículo, à didática e ao papel social desta modalidade no cenário educacional brasileiro. Tais questões precisam ser repensadas e demandam a reflexão acerca do compromisso social das Universidades com a formação inicial e continuada dos educadores de EJA, tanto nas licenciaturas como nos cursos de extensão e pós-graduação lato e stricto sensu.
 
      Por ocasião do Censo 2010, a taxa de analfabetismo atingia a ordem de 9,6% da população brasileira com 15 anos ou mais de idade. As informações anuais oferecidas pelas diferentes edições da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) têm indicado desafios que precisamos  continuar enfrentando e avanços a ser multiplicados e equalizados para homens e mulheres, das diversas faixas etárias, nas diferentes regiões do país. O PNAD 2012 indicou que a taxa de analfabetismo, que era de 8,6% em 2011, chegou a 8,7%, índice que representa um contingente de 13,2 milhões de pessoas.  Dentre os avanços apontados pelo PNAD 2012, que demandam políticas de continuidade, temos a queda da taxa de analfabetismo funcional, que passou de 20,4% para 18,3% entre as edições de 2011 e 2012 e conquistas voltadas à elevação de percentuais de pessoas com mais de 11 anos de estudo em diferentes regiões brasileiras. Nesse quadro repleto de contradições, temos os dados anuais do Censo Escolar (INEP, 2012) que apontam a queda de matrículas na EJA desde 2006 e recorrente evasão escolar que nos provocam a investigar o que tem impedido superar o analfabetismo e avançar mais rapidamente na elevação da escolaridade da população brasileira, bem como a investir no aprimoramento da formação dos educadores de EJA.
 
      Nos últimos Encontros Nacionais de Educação de Jovens e Adultos (ENEJAs), a formação de educadores tem ocupado espaço de destaque; tais reflexões levaram à organização dos Seminários Nacionais de Formação de Educadores Jovens e Adultos (SNFEJA), com o objetivo de refletir sobre aspectos que caracterizam as especificidades da formação do educador de jovens e adultos; integrar experiências formativas e fomentar novas pesquisas; formular propostas de políticas de fomento à formação do Educador da EJA e compartilhar resultados de pesquisas e de experiências de educação formal e não formal sobre formação de educadores da EJA.

Clique abaixo e acesse as publicações de edições anteriores:

I Seminário Nacional Sobre Formação de Educadores de Jovens e Adultos


II Seminário Nacional Sobre Formação de Educadores de Jovens e Adultos