ESPECIALIZAÇÃO EM PROEJA NO IFSP–SP PERSPECTIVAS E EXPECTATIVAS ATUAIS

Vilma Santana dos Santos

Resumo


Este estudo analisou o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em nível de Especialização em Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – Especialização em Proeja, levado a efeito no Instituto Federal de Educação Tecnológica de São Paulo – Campus São Paulo - IFSP-SP, a partir do ano de 2006, mediante pesquisa bibliográfica e documental, por se tratar de política pública pioneira, oportuna e capaz de produzir conhecimento científico qualificado. Objetivou-se corroborar com as discussões acadêmicas sobre a formação de Educadores, particularmente na Educação de Jovens e Adultos - EJA, no sentido de unir esforços e suscitar a ampliação de políticas eficazes nesta modalidade educativa e ou garantir a preservação de programas semelhantes ao Curso de Especialização em Proeja - CEP. Foram considerados nesta análise os desafios recentes e inerentes a EJA, bem como as perspectivas de trabalho docente na rede pública de ensino nos últimos anos e as expectativas de grupos de profissionais da EJA quanto a políticas de formação e ou atualização docente. O resultado deste estudo evidenciou a importância de se investir em políticas específicas quanto a formação de Educadores(as), por ser o profissional precursor natural que alavanca mudança sociais, especialmente  neste momento delicado que está a EJA atualmente. Inferiu-se que capacitar Educadores é condição sine qua non para se alcançar nova configuração na EJA, adequando-a aos interesses e necessidades de jovens, adultos e idosos com baixa escolaridade do início do século XXI, além de assegurar sua continuidade dentro da Educação Nacional.


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Referências


a) Nóvoa afirma que “é impossível imaginar alguma mudança que não passe pela formação de professores. Não estou a falar de mais um “programa de formação” a juntar a tantos outros que todos os dias são lançados (Fonte: http://www.scielo.br/pdf/ ep/v25n1/v25n1a02.pdf)

b) “Se caminharmos no sentido de que se reconheçam as especificidades da educação de jovens e adultos, aí sim teremos de ter um perfil específico do educador da EJA e, conseqüentemente, uma política específica para a formação desses educadores” (ARROYO, 2006, p. 210)

c) Do ponto de vista da classe dominante, é um contra-senso oferecer um ensino popular de qualidade, pois este ajuda as pessoas a compreenderam melhor a realidade em que vivem, a desvendar as relações, a se valorizarem, a exigirem seus direitos, etc. (Fonte: Para onde vai o Professor? Resgate do Professor como Sujeito de Transformação, VASCONCELOS, 1996)

d) O programa fundamenta-se no pressuposto da necessidade de formação de um novo profissional que possa atuar na Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos, como docente-pesquisador, integrando trabalho, ciência, técnica e tecnologia, humanismo e cultura geral, a qual contribuiu para o enriquecimento científico, cultural, político e profissional dos sujeitos que atuam nessa esfera educativa, sustentando-se nos princípios da interdisciplinaridade, contextualização e flexibilidade com exigência historicamente construída pela sociedade (Fonte: http://www.cefetsp.br/edu/eja/)

e) A ruptura do processo de continuidade do Curso de Especialização em Proeja significa um inadmissível retrocesso às conquistas sociais empreendidas nos últimos anos no IFSP. Uma atitude arbitrária e vazia de compromisso não pode interromper tal experiência mesmo por que não é possível conviver com estruturas autoritárias de gestão, principalmente em um ambiente escolar, situação vivenciada em outras questões no Campus São Paulo (IFSP) e reiterada agora nos argumentos deste documento. (Fonte: Moção de repúdio contra arbitrariedades da atual direção do Campus São Paulo frente a negativa de publicação de edital para a continuidade do curso de especialização em PROEJA – Março/2013)


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