A Educação de Jovens e Adultos e as Políticas de Escolarização Básica: entre a compensação e a emancipação

Marlene Silva

Resumo


Este artigo pretende analisar as políticas de escolarização básica para jovens e adultos, a partir do processo histórico, enfatizando os períodos de (re) democratização como momentos de grande mobilização popular, marcados pela atuação dos movimentos sociais populares, que provocaram transformação na forma de conceber a alfabetização e a educação de jovens e adultos, principalmente pelos movimentos que explodiram no Nordeste brasileiro, como o Movimento de Cultura Popular no Recife e a experiência de Angicos que sucederam a Campanha de Adolescentes e Adultos – CAA, que apresentava características que provocaram o tensionamento entre os interesses governamentais com as políticas  compensatórias e os movimentos sociais populares com as políticas de emancipação, com destaque dos grupos marxistas e cristãos.  As Conferências Internacionais de Educação de Adultos – CONFINTEA também desempenharam papel importante na elaboração de políticas para a escolarização básica de educação de jovens e adultos, como espaço internacional de discussão com temáticas relacionadas a liberdade, a democracia e direitos humanos. O Movimento dos Fóruns  Estaduais de Educação de Jovens e Adultos teve participação efetiva nessas Conferências e, se constituem  em espaços abertos e democráticos para  propor, acompanhar e avaliar as políticas educacionais de jovens e adultos nas instâncias federais, estaduais e municipais. A atuação dos movimentos sociais populares na educação de jovens e adultos tem sido fundamental para o enfrentamento das políticas de governo de cunho  compensatórios e, neste sentido, conclui-se que este breve texto poderá contribuir na formação dos docentes da EJA, alertando-os sobre a possibilidade de pensar em processos pedagógicos que promovam a  emancipação/libertação

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Referências


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