FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE QUÍMICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM OLHAR (DE)FORMAÇÃO.
Resumo
Vivemos em um mundo de constantes transformações avindos dos avanços na CT, novos desafios são lançados diariamente e essas mudanças induzem os currículos educacionais, nos cursos de formação inicial de Química, Física e Biologia, a gerar novos saberes que incorporados na formação docente, tornam o professor um ser fora do seu tempo, fazendo com que o professor necessite não só estar pronto para aprender, mas também reaprender a ensinar. Se essas dificuldades surgem em uma área já consolidada como a Química, como então, se dá essa discussão no âmbito da Educação de Jovens e Adultos (EJA)? Como então se apresenta essa discussão sobre a EJA dentro dos cursos de Química nas disciplinas pedagógicas? Refletindo nesse ínterim, o foco do nosso trabalho se baseia em verificar como se dá a formação do educador químico na Licenciatura em Química de uma universidade local e como os cursos tem preparado o projeto político pedagógico para enfrentar as demandas de uma modalidade a muito esquecida pelo sistema educacional. Para verificar tal objetivo foi necessário observar os documentos que regem o curso de Licenciatura em Química, a fim de tentar observar qual o perfil do educador químico que se espera “formar” de tal curso. Conforme nossa investigação, não se encontrou nenhuma disciplina nem ementas com foco em suas discussões voltadas para a educação de jovens e adultos e os documentos não revelam nenhuma intencionalidade de formação voltada para EJA, ficando a cargo do professor formador, realizar ou não, tal abordagem diante da sua cosmovisão.
PALAVRAS-CHAVE: Formação Inicial de professores, Ensino de Química, Educação de Jovens e Adultos.
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PDFReferências
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