CIRCUITO INTERCULTURAL DE VIVÊNCIAS EM EJA – CIVEJA: UM OLHAR SOBRE A(S) DIVERSIDADE(S) NOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO CONTÍNUA

Elisangela André da Silva Costa, Jacqueline Cunha da Serra Freire, Sinara Mota Neves de Almeida

Resumo


A afirmação da Educação de Jovens e Adultos como um direito no contexto brasileiro (BRASIL,1988) e como modalidade de ensino (BRASIL, 1996) tem promovido ações voltadas ao acesso, permanência e sucesso dos educandos. Dentre tais ações, destaca-se a formação contínua de professores, como espaço de socialização de experiências, reflexão e construção de conhecimentos sobre o ensinar e o aprender. Todavia, não são raras as experiências que se traduzem como pacotes de formação, com fórmulas genéricas para a resolução de problemas comuns e esvaziadas de uma perspectiva crítica que possibilite aos educadores problematizar, compreender e transformar suas práticas à luz dos determinantes que a influenciam. Assim, foi proposta pelo Centro de Referência em Educação de Jovens e Adultos e Cooperação Sul-Sul, vinculado à Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, a realização do Circuito Intercultural de Vivências em EJA/Curso de Atualização em Educação de Jovens e Adultos e Diversidade(s) (CIVEJA), concebido como instrumento de diálogo, de reconhecimento da EJA no Brasil, a partir dos municípios situados na Região do Maciço de Baturité – Ceará e dos Países Africanos de Língua Portuguesa, objetivando promover ações socioculturais e educacionais com foco na EJA e diversidades, ancoradas no princípio da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão. Os resultados apontam para o CIVEJA como uma experiência inovadora no campo de formação contínua. Assim, este relato objetiva evidenciar elementos relacionados à fundamentação teórico-metodológica, apresentando reflexões sobre os limites e possibilidades encontrados no desenvolvimento desta experiência formativa. 

PALAVRAS-CHAVE: EJA, Formação Contínua de Professores, CIVEJA. 


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Referências


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